“Tendo Elias ouvido
isso, cobriu o rosto com o manto, saiu e pôs-se à entrada da caverna. Uma voz
disse-lhe: Que fazes aqui, Elias?
Ele respondeu: Consumo-me de zelo pelo Senhor, Deus dos exércitos. Porque os israelitas abandonaram a vossa aliança, derrubaram os vossos altares e passaram os vossos profetas ao fio da espada. Só eu fiquei, e agora querem tirar-me a vida.
Mas reservarei em Israel sete mil homens, que não dobraram os joelhos diante de Baal, e cujos lábios não o beijaram.” 1 Reis 19:18
Dentro
do ministério pastoral, há duas áreas que mais me fascinam: Discipulado e
Liderança. Meus dons, definitivamente são focados nestas duas áreas.
Tempos
atrás, lecionei em um seminário. Ministrava aulas em 3 disciplinas diferentes.
Foi quando eu descobri que faria um grande serviço à denominação quando eu
reprovasse um aluno. Não reprovar por reprovar, mas reprovar por não saber a matéria
e não querer alunos medíocres.
Talvez eu
tenha ficado mau acostumado, pois lá pela década de 90, quando cursei meu
bacharel em Teologia, era obrigado à trabalhar 8 horas por dia, viajar duas
horas de ônibus para ir e duas para voltar, estudar 3 horas e meia por noite e,
aos fins de semana, fazer estágio supervisionado na Igreja.
Sei de
outros pastores que “ralaram” muito mais do que isto. Porém, meu foco é
enfatizar que a vida acadêmica de um seminarista nunca foi “Sombra e água
fresca”.
Sempre fui
um professor exigente, reprovando alunos que “colavam” e não faziam seus
deveres acadêmicos, passei a ser um problema para a instituição. Afinal, uma
instituição de ensino sobrevive do número de alunos que possui, sendo que aluno
reprovado pode desanimar, se tornando menos um mantenedor da organização.
Matemática simples: Nota baixa + aluno relaxado + reprovação = menos alunos.
Anos se
passaram, até que tive uma palestra com um Mestre em educação, na qual ela
tratou do tema “Mediocridade na Educação”; ou seja, a mania das escolas de
nivelarem a turma por baixo, pelo pior acadêmico e não por cima, pelo aluno de
maior média.
Isto posto,
refiz minha leitura da “instituição teológica denominacional”, que reduziu de 4
para 3 anos o curso de Bacharel e onde reprovar é proibido!
Tal contexto
não poderia resultar diferente: Fraqueza doutrinária, Púlpitos sem conteúdo e
outras mazelas que campeiam pelas igrejas de Norte à Sul do Brasil.
Quando li “TEOLÓGOS PARA UM PÚLPITO INCRÉDULO” como assunto do
email que transcrevo abaixo, senti-me aliviado.. Pois não estou só e não estou
no caminho errado.
A pergunta que resta é: “Ainda
existe esperança para Israel?”
Transcrição do email da
Lista Novos Batistas:
“Caríssimo Pastor Beltrano
Graça e Paz!
Estudar para quê? – eis aí a questão.
Já não se faz mais teologandos e futuros pastores como
antigamente!...
Hoje não é raro, mas muitas, inúmeras são as igrejas que querem
crescer por crescer, visando, em alguns casos, apenas o aspecto mercadológico
da tentadora e fascinante ‘teologia da prosperidade’ e os pastores não ficam atrás,
desembestam com elas... O quadro é este, não há como mais esconder para debaixo
do tapete...
Nós, os pastores, é que deviríamos cobrar de nós mesmos conteúdo,
espiritualidade e crescimento intelectual diante de Deus, pois é a Ele que
servimos em primeiro lugar... Pelo menos penso assim...
Você falou algo muito interessante e que está muito em uso por aí
afora, por este mundo de meu Deus, praticado nos assim-chamados ‘seminários
teológicos’ que se amontoam e que se proliferam nos quadriláteros das
esquinas, bem ali: ora, se você está em dia com suas mensalidades, por que
considerar o ‘nível acadêmico’ do aluno? Reprová-lo, se for o caso, para
quê? Pagou... passou e o resto é o resto! Para que complicar? Quem sabe ele
tenha um amigo, um colega, um familiar para indicar a Casa... E a propaganda é
alma do negócio!... E vamos que vamos!... Hoje há uma desembestada
comercialização enorme de ‘seminários’, anêmicos que só caldo de bolas
de gude, sem nenhum nível de academicismo...
Professores explicitamente despreparados, professores incrédulos,
explicitamente liberais, sem nenhum compromisso denominacional, que arrotam ‘exímio
saber teológico’, mas na realidade, poucos são profundos... Poucos são os
professores que chegam ao final da ementa que elaborou de sua disciplina... E
quando os alunos alcançam a duras penas o final de seus cursos, se acham ‘bacharéis
em teologia’, e já pensam em ‘mestrado’, dada as facilidades que se
lhes apresentam de forma tentadora e ao seu alcance, mormente pelo alcance
financeiro e ficam satisfeitíssimos, enganando-se a si mesmos... Qualé, o
negócio é festejar!...
Talvez o que eu esteja dizendo seja um tremendo e imperdoável
absurdo diante das observações de alguns intelectualoides de plantão, sempre na
espreita, prontos para nos dar uma contra resposta recheada e enriquecida de
suas sabichonas razões e ponderações pessoais, que já se tornaram um hábito, é
só esperar, mas esta é a realidade que vem acontecendo dia a dia, mormente em
nosso meio e todos nós estamos muito satisfeitíssimos com os resultados, muito
obrigado! E corramos para o abraço!... Tudo é festa, para que contrariar?
Mudar isso que aí está? Pra quê?... É praticamente impossível!...
É como tentar mudar a pele do leopardo...
Agora nos vem a sua pergunta: estudar para quê? Porque vale a pena
a estudar, mesmo que não sejamos valorizados! Estudar, estudar e estudar
sempre! Diariamente! Continuamente, enquanto há vida em nós!
Basta que tão somente Ele nos valorize e nós nos sintamos
valorizados!...
Quanto ao resto, sempre será o resto!... E resto, sempre se
descarta: põe-se no lixo que fica bem ali, ao alcance de nossas mãos.
Receba o meu abraço!
Pr. Ciclano “
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