quarta-feira, 31 de outubro de 2012

AINDA FALANDO SOBRE POLÍTICA: VALORES X VALORE$

                   Cada vez mais se torna complicado o dueto “Religião x política” e em um mundo globalizado, o que acontece lá fora é igual o que acontece aqui no Brasil.
 
                  Durante as últimas eleições, vi e li muita gente “pregando de bom moço” contra determinados candidatos à prefeito e vereador, sobre a bandeira que tais candidatos eram a favor do aborto, das drogas e do casamento Gay. Ora, eu também sou contra estas e outras coisas, mas como pessoa inteligente que me julgo, sei que prefeitos e vereadores não possuem competência para decidirem sobre legalização disto ou aquilo
 
                  Então, por que tanto barulho? Simples, por causa da conveniência de alguns “puritanos” que se deixam levar por políticos maquiavélicos, se transformando em massa de manobra e cometendo crime eleitoral de venda de votos. Se eu parasse meu artigo aqui, já estaria suficiente para explicar que não podemos condenar um pecado, cometendo outros. Os fins não justificam os meios!
 
                 Com líder cristão, não posso me esquecer dos meus liderados. Há líderes que andam em seus carros com ar condicionado e que se esquecem que seus liderados utilizam transporte público em temperaturas insuportáveis. Ora, um verdadeiro líder necessita se importar com o “Status quo” de seus liderados, até mesmo na hora do voto.
 
                Fui atraído ao site do grande evangelista Billy Graham, aonde há um vídeo que ele exorta aos cristãos à votarem pensando na “defesa dos valores bíblicos”. Ocorre que lá é momento de campanha presidencial !
 
                 Entretanto, ao defender uma plataforma corretíssima, a do casamento entre homens e mulheres, a campanha de Graham deu à entender que o candidato deveria ser Mit Romney. Ou seja, um mórmom, que é uma seita e nos USA defende casamento poligâmico
 
                 Outro fato estranho, foi a retirada da mesma página um artigo que falava sobre a definição de seita e do mormonismo (igual aquilo que todo pastor aprendeu no seminário em religiões comparadas).
 
                   Assim, temos um belo exemplo da complicada relação da religião com a política
 
                 Aqui em terras tupiniquins, ouve-se falar que um grupo de 100 pastores que apoiavam um determinado candidato no 1º turno, mudaram de idéia por “orientação divina” e passaram à apoiar outro candidato no segundo turno. Porém, em uma reunião,  um dia antes das eleições, uma certa quantidade de “ofertas” teriam sido entregues aos seguidores destes líderes. Além de corrupção, qual o outro nome disto? CONVENIÊNCIA: PRÓPRIA !!!
 
                   Penso que precisamos usar nosso cérebro e refletir. A Igreja de Jesus Cristo santo dos últimos dias aceita o aborto em casos limitados, por exemplo, se a concepção foi causada por estupro ou incesto[1], quando a mãe está com a vida em perigo[1] e quando for demonstrado que o feto padece de graves defeitos que não lhe permitem viver após o nascimento. Mit Romney sendo adepto desta igreja, é doutrinado desta maneira.
 
                   Porém, Mit Romney acabou de dizer que irá transformar o sistema de segurança climático de federal para estadual. Porém, o sistema sendo federal acabou de salvar centenas de milhares de pessoas de um desastre ainda maior. Vale lembrar, que Barack Obama é a favor do sistema federal.
 
                    Neste caso, quem mataria mais pessoas, Mit Romney ou Obama ?
 
                    Vamos trazer as coisas para o nosso contexto. Um prefeito ou vereador que “supostamente” seja a favor do aborto, mas que defende e trabalha pelo saneamento básico, saúde e segurança. Note bem, eles não possuem competência legislativa para decidirem nada sobre o aborto que “supostamente” (pois nunca foi comprovado) eles “defendem”. Porém, um candidato que à prefeito, que é contra radicalmente ao aborto (que de igual forma não altera nada no congresso federal), mas é a favor do empresários que estão desempregando chefes de família, que amam o lucro fácil, que pelo efeito corruptivo não pagam os salários do lixeiros, deixando nossas ruas com mau odor e vetores... seria este o “candidato de Deus”? Tenho minhas dúvidas...
 
                   Qual a solução para este intrigante jogo de xadrez? Vota em Branco ou nulo? Vender o voto? Votar no candidato “A” ou no “B” ?
 
                    Todos nós sabemos que a vontade de Deus é uma só e que não muda de eleição para eleição, e nem de país para outro país.
 
                     Como falamos de Xadrez, vale lembrar de uma das situações em que colocaram Jesus em quase “xeque-mate”. Poderíamos até batizar um sermão como o título: “Saia do Xeque Mate com a ajuda de Jesus!”
 
                     Em Mateus, aparece tal situação: “Dize-nos, pois, que te parece? É lícito pagar o tributo a César, ou não? Jesus, porém, conhecendo a sua malícia, disse: Por que me experimentais, hipócritas? Mostrai-me a moeda do tributo. E eles lhe apresentaram um dinheiro. E ele diz-lhes: De quem é esta efígie e esta inscrição? Dizem-lhe eles: De César. Então ele lhes disse: Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.” (Mt 22.17-21)    
 
                     Jesus dá uma resposta reveladora sobre como Deus trata as contingências humanas. Poderia estar de Jesus uma revolta, mas Jesus não priorizou sintomas e sim a causa: PECADO.
 
                   Jesus ensinou a cumprir com as obrigações humanas e com os deveres Cristãos – “Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. Parte considerável da igreja crê que “César” vai fazer o que só Deus pode fazer. Estão dando à Deus o que é de César, e à César o que é de Deus
 
                   Não vamos transformar o mundo por meio da política, mas sim por meio do evangelho de Cristo!
 
                  Cremos nas profecias, mas fugimos delas. Sabemos da grande perseguição ao Cristianismo, mas vivemos tentando evitá-la de forma política. E pior, além de acharmos que “César” (o homem) pode nos dar um futuro melhor do que o prometido pela Bíblia, ainda usamos de um pecado para combatermos o outro.  A Bíblia mesmo diz: “Um abismo chama outro abismo...”

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