O que vou escrever não é para resolver o problema,
pois a solução do mesmo depende exclusivamente de cada um que lerá a reflexão
com o coração aberto.
Existe um limite entre respeitar a religião alheia e
participar de atividades religiosas alheias. Creio que o Cristão sincero deve
se limitar a primeira opção.
Tendo morado 4 cidades do Interior do Rio de Janeiro,
vivenciei uma situação que mais tarde se transformou em demanda no meu trabalho
de Ouvidor da Educação. Trata-se do dilema da obrigatoriedade de um cristão
evangélico ter que participar da Festa Junina de sua unidade escolar.
Ouvimos a todo instante que o Estado é Laico, que não
se pode misturar religião com o estado, mas isso não é lá bem a verdade na
prática.
Festas Juninas são “a galinha dos ovos de Ouro” das
escolas, pois tais festividades produzem o aumento da receita financeira e,
quando não há a devida prestação de contas, o favorecimento monetário de
alguns.
Porém, muito além desta situação, existe a questão
espiritual na participação de festas pagãs. Paulo claramente fala do assunto em
I Cor.10: “Que quero
afirmar com isto? Que a carne sacrificada aos ídolos ou o próprio ídolo são
alguma coisa?
Não! As coisas que os pagãos sacrificam, sacrificam-nas a demônios e não a Deus. E eu não quero que tenhais comunhão com os demônios.Não podeis beber ao mesmo tempo o cálice do Senhor e o cálice dos demônios. Não podeis participar ao mesmo tempo da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. Ou queremos provocar a ira do Senhor? Acaso somos mais fortes do que ele? Tudo é permitido, mas nem tudo é oportuno. Tudo é permitido, mas nem tudo edifica.” 1 Coríntios 10:19-23
Não! As coisas que os pagãos sacrificam, sacrificam-nas a demônios e não a Deus. E eu não quero que tenhais comunhão com os demônios.Não podeis beber ao mesmo tempo o cálice do Senhor e o cálice dos demônios. Não podeis participar ao mesmo tempo da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. Ou queremos provocar a ira do Senhor? Acaso somos mais fortes do que ele? Tudo é permitido, mas nem tudo é oportuno. Tudo é permitido, mas nem tudo edifica.” 1 Coríntios 10:19-23
O problema para mim reside em
dois aspectos: O relativismo do século XXI e a diferenciação equivocada do termo
“Idolatria”.
O Relativismo que se empregnou na
mente de muitos cristãos é a tese “não tem nada haver”. “Não tem nada haver ir
num show mundano”, “Não tem nada haver ir numa festa junina”, “Não tem nada
haver comer uma maça do Amor (dedicada à idolos)”...
A questão da “dedicação”
Como é feita essa “dedicação”?
Simples, quando falamos de festas em que toda uma cidade pára, cerca de 15 a 20
% de toda a arrecadação é remetida para a “paróquia” que autorizou a festa do
“santo”.
A reboque destas festas, eu já
ouvi falar de alto consumo de álcool, drogas e todos os tipos de orgias pelos
“escurinhos” da cidade. Ou seja, a diferença entre “Boite” e a festa reside
apenas que a primeira ocorre em ambiente fechado, enquanto a festa junina em
ambiente aberto.
Só isto já seria demasiado
suficiente para que qualquer cristão sincero já evitasse participar.
Entretanto, vamos adicionar mais um elemento espiritual à situação: Idolatria é
intimamente ligada aos demônios.
O ídolo é meramente um pedaço de madeira
ou de pedra, esculpido por mãos humanas, que nenhum poder tem em si mesmo. Por
trás de toda idolatria, há demônios, que são seres sobrenaturais controlados
pelo diabo. Tanto Moisés (Dt 32.17) quanto o salmista (Sl 106.36,37) associam
os falsos deuses com demônios. Noutras palavras, o poder que age por detrás da
idolatria é o dos demônios, os quais têm muito poder sobre o mundo e os que são
deles.
Seja Baal, uma estátua de qualquer
personagem bíblico ou a de um preto velho; não importa, pois tudo é Idolatria
para Deus.
Uma experiência
pessoal
Certa feita fui convidado para uma série
de pregações em uma igreja batista. Ocorre que tal série foi agendada
paralelamente a realização de uma tradicional festa religiosa daquela cidade.
Como pastor tradicional, eu havia sido
avisado de alguns acontecimentos espirituais “diferentes” sendo relatados por
diversos servos fieis. Confesso que, em alguns casos, pensei se tratar de
exageros.
Preguei na sexta, no sábado e domingo pela
manhã...e nada de problemas espirituais. Pensei comigo mesmo: “Realmente era
tudo uma questão de exagero”.
Domingo à noite, final de um sermão
abençoado... Eis que ao chegar na porta para os tradicionais cumprimentos,
alguém me procura e me diz: “Pastor, temos uma jovem ali com alguns
problemas...”
Quando me aproximei, vi uma jovem trêmula
e exclamando: “Se eu sair daqui, eu morrerei”. Quando coloquei a mão em seu
ombro, ela deu um pulo à outra extremidade do Banco tipo coisa de cinema. Logo
identifiquei que algo “espiritual” de errado estava ocorrendo.
Vou resumir a experiência, porém vou
repetir o que aquela jovem endemoniada declarou: “Ela veio para a nossa festa
para matar seu namorado e depois se matar”. Esse foi o primeiro encontro
oficial com uma pessoa possessa espiritualmente.
Para mim, que já tinha meus conceitos
religiosos cristalizados com a participação de cristãos em festas pagãs, tal
fato serviu apenas para confirmar a seriedade desta pratica.
O que pode ser
feito de prático
Primeiro, creio que antes de tudo os
pastores deveriam pregar sobre o assunto. Na minha experiência, a média é que
muitos se calam e ficam coniventes com tal prática. Os pastores que mais falam
sobre o assunto são geralmente pastores assembleianos.
Segundo, os próprios crentes deveriam se posicionar
mais efetivamente sobre o assunto. Se por imposição do emprego em uma escola
for solicitada sua participação, apele para sua liberdade religiosa e faça um
trabalho alternativo para demonstrar seu respeito aos líderes e que sua posição
não é de rebeldia em não trabalhar, mas sim não compactuar de uma festa da qual
você não deve participar.
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